terça-feira, 12 de maio de 2009

Insanidade Familiar - estudo de caso - III

A minha mãe fez pescada cozida para o jantar de ontem. Felizmente, detesto esse peixinho sensaborão e comi outra coisa, porque a minha mãe deciciu cozer a posta dentro do seu invólucro de plástico.

Serviu os pratos, acompanhando a pescada com batata cozida e couve-flor, temperando a posta embalada com azeite, vinagre e um pouquinho de pimenta. Um petisco.

Observei, com interesse científico, as duas mulheres portadoras do gene ins, e a quem devo a vida, debaterem-se com a textura misteriosa do peixe. Registei no meu caderno de estudo as expressões faciais de incompreensão, curiosidade e frustração ao se depararem com uma consistência pisciana fora do normal.

Hoje encontrei um estudo retrospectivo de 1998, que mensionava o uso de queijo envolvido em plástico numa lasanha, fenómeno que ocorreu cerca de três vezes nesse ano.

Enquanto alguns leigos pensariam que a minha mãe apenas procurava uma económica e mais prática técnica de cozido a vapor, eu, na qualidade de investigadora científica, sei que casos como este ultrapassam largamente a normalidade da mente humana. O estudo da Insanidade Familiar tem-se revelado extraordinariamente gratificante - a recolha de dados é abundante e contínua e em breve poderei começar a tirar as primeiras conclusões!

2 comentários:

A voz da ignorância disse...

Também não cozes os ovos com a casca?
a ideia é a mm... :D lol
Só que o sabor.... :S

Anónimo disse...

Convenhamos.... A fotografia está excepcionalmente artística!!! :-)
Aliás, vou passar a cozinhar a minha pescada congelada assim. Temos de inovar! A nouvelle couisine já era. Viva a cozinha de autor!!!!