quarta-feira, 15 de julho de 2009

Numa aula sobre a Gripe Suína, no anfiteatro, o professor decide constatar publicamente:

- Se vivessemos todos nesta sala durante 6 meses, sem ar condicionado e comida... olhem, andávamos aqui a comermo-nos uns aos outros!...

terça-feira, 14 de julho de 2009


Este blog tem o patrocínio de ouro de Prozac (ou qualquer fármaco genérico do mesmo) autorizado por uma entidade médica e pelo Infarmed, na quantidade de 4 comprimidos diários partilhados equatitativamente entre as duas mentes criadoras residentes.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Hoje, estava à espera do autocarro, ouvindo a minha música com deleite, quando reparo que um velho com dentadura bailarina estava a falar comigo.

- Eu vou no 12. - partilhou ele comigo.

- Eu vou no 30. - respondi.

- Cada um vai para o seu lado.

- Assim parece.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Frutos de casca rija

O amigo:
-Precisas sair da casca!
Ela:
-E quem me descasca?

terça-feira, 7 de julho de 2009

Birger Furugård (1887-1961)

Veterinário.

Líder do Movimento Furugård, o grande movimento Nazi da Suécia nos anos trinta.

Dediquem alguns minutos a dissecar a sua degradante biografia de partidário da extrema direita. (Em qualquer wikipédia perto de vós!)


sábado, 4 de julho de 2009

Episódios macabros de sábado de manhã


Hoje, a caminho do estágio de orquestra da ESML, tive uma das conversas mais estranhas e, diria até, assustadoras da minha ainda curta existência.

Infelizmente, aos sábados, o autocarro 799 que costumo apanhar para chegar à Escola, não circula. Como é óbvio, desconhecia totalmente este relevante facto e esperei uns 20 minutos pelo autocarro. Ao 21º minuto de espera achei por bem verificar o horário do 799 e contra factos não há argumentos: fui para outra paragem e apanhei a carreira 3.

Entrei no autocarro e sentei-me ao lado de uma velhota com excesso de peso. Como o autocarro 3 estava a dar voltas labirínticas por Benfica, zona que desconheço por completo, decidi perguntar à senhora de idade se aquele autocarro parava efectivamente ao pé da Estação de Benfica, porque sinceramente, já não confio em mim própria no que diz respeito a confirmação de horários e percursos da Carris, essa nobre instituição.

- Oh, menina! Pára, sim senhor! - respondeu a senhora exibindo os seus seis dentes.

- Muito obrigada!

Simpática a senhora. Achei eu.

- Sabe que eu quando vou à casa de banho para mijar, faço de pé!

Esta conversa é comigo? Não pode ser... Com certeza é na sequência de uma qualquer conversa com outra velhota e que eu, na minha distração habitual, nem ouvi.

A velhota agarra-me no antebraço com força. É mesmo comigo que ela fala.

- É assim, eu pego em papel higiénico e levanto o tampo da sanita, depois arregaço as calças e mijo! - explica-me, presenteando-me com um gafanhoto semi-sólido que aterra na minha bochecha esquerda, demasiado perto da boca do que eu gosto de recordar. Se por um lado estava petrificada, por outro perguntava-me que queria ela dizer com arregaçar as calças para urinar, mas não ousei perguntar. Na verdade, não sei se queria mesmo saber a resposta. - Era assim que eu fazia, quando era peixeira e trabalhava no Cais do Sodré! Mas agora aquilo é tudo restaurantes. Estão lá todas! Todas! Casadas, viúvas, solteiras! Agora vai tudo para lá!

Este discurso não me pareceu coerente mas eu confesso que o meu cérebro encontrava-se 30% focado na conversa e 70% concentrado num gafanhoto branco que bailava nos lábios rugosos da senhora e que ameçava saltar para o meu olho cada vez que ela dizia um "F" ou um "P".

- Oh menina! É aqui a Estação de Benfica! Tem de sair agora!!!

Saí atrapalhada do autocarro, brutalizando os passageiros com o violoncelo que levava desajeitadamente às costas, apenas com uma alsa.

Hoje de manhã não precisei de beber café.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Generation Gap

Há medida que os séculos vão passando tem-se tornado mais e mais complicado encontrar uma pessoa com quem partilhar a vida.

Se dantes os casamentos eram arranjados ou combinados e eram raras as pessoas que se juntavam por amor, hoje em dia ninguém se contenta com menos que the one true love.

E como se encontra o better-half? O significant other?

Naqueles momentos em que reflicto sobre a sociedade e faço estudos retrospectivos sobre questões socio-amorosas da mesma, chego a interesantes conclusões. Encontrar o mais que tudo é pura e simplesmente sorte. Nada mais que sorte, cósmica, mágica, estúpida, inacreditável... sorte!

Reparem:

  • Os jovens entre os 15 e os 25 anos têm descoberto xuxus, sérios e não tão sérios, no local onde se encontra tudo o que se quer - a internet.
  • A geração rasca, entre os 25 e 35 anos, encontra-se, ainda hoje acompanhada pelo amorzinho da sua vida, que lhe saiu no pacote de batatas fritas da Matutano e que na altura queriam trocar por três Tazos ou um Mastertazo, embora isto seja um tema tabu entre eles.
  • Os cotas, entre 35 e 55 anos, recordam com nostalgia o dia em que o ex-marido/ex-mulher ou ex-alma-gémea, lhes saiu numa embalagem verde de farinha Amparo.
O que estará guardado para as gerações futuras?