quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Portugal Profundo - Take I

Com a chegada do Verão o comum jovem português carrega uma mochila e um cantil às costas e parte sedento do pó, da cerveja e do rock típico dos festivais.
Há também, claro, outros jovens, em minoria, que tentam chegar a locais no interior do País onde os transportes são escassos e primitivos.
A semana passada, para me deslocar 300 km tive de apanhar um autocarro (5 horas) que parou em 8 cidades e um comboio que no decorrer de apenas uma hora parou em 9 apeadeiros.

Mas eu sou estóica, paciente, diria mesmo zen… Porque nenhuma destas vicissitudes me desalinharam, espantaram ou tiraram do sério. O meu queixo apenas descaiu aquando da compra do bilhete do autocarro:
Um homem com uma tatuagem ancestral de um coração com os dizeres “amor de mãe” vende-me o bilhete para o Porto e antes de me dar o troco corta a unha gigante do dedo mindinho com um corta unhas do SLB.

Sem comentários: