- um Cabide
- um Buscador de Seringas
- um Passeador de Cães
- um Mirone
- um Apanhador de Cocós
- um Emplastro
- um Limpador de Vomitados
- um Desentupidor de Sistemas de Soro
- um Polidor de Paredes
- um Obstrutor de Corredores
- um Acumulador de Radiação X
- um Aquecimento na Sala de Cirurgia
- a causa número 1 de Infecções Hospitalares
- um factor importante nas Distanásias
- um Enfiador de Termómetros Rectais
- um Ignorante
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Estudante de Medicina Veterinária
Um estudante de Medicina Veterinária é:
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Pensamento das 2h50
Eram duas da manhã quando ontem cheguei a casa. Vinha entusiasmada com todas as ideias que se tinham apresentado e discutido no Grupo de Voluntariado e não conseguia dormir. Liguei o portátil para verificar os emails do dia e ver um episódio do amável Dr.House...
Não entendo como, mas seja a que hora do dia for, há sempre algumas alminhas on line e resolvi meter conversa com uma delas, um bom amigo. A conversa rapidamente chegou à razão do meu estado de vigília em tão tardia hora:
-"Cheguei agora do voluntariado!"
-"Hum...Tão tarde? E então?"
-"Acho que já sei onde vou ficar, mas estou indecisa."
-"Boa! Quais são as opções?"
-"Bem, um lar de idosos ou uma clínica de internamento psiquiátrico."
-"Oh! Que escolha tão difícil! Basicamente, tens de escolher entre o Avô Cantigas e o Dr. Hannibal Lecter!"
Não entendo como, mas seja a que hora do dia for, há sempre algumas alminhas on line e resolvi meter conversa com uma delas, um bom amigo. A conversa rapidamente chegou à razão do meu estado de vigília em tão tardia hora:
-"Cheguei agora do voluntariado!"
-"Hum...Tão tarde? E então?"
-"Acho que já sei onde vou ficar, mas estou indecisa."
-"Boa! Quais são as opções?"
-"Bem, um lar de idosos ou uma clínica de internamento psiquiátrico."
-"Oh! Que escolha tão difícil! Basicamente, tens de escolher entre o Avô Cantigas e o Dr. Hannibal Lecter!"
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Verdadeiros pensamentos das 2h47
domingo, 20 de dezembro de 2009
Aprendizagem clínica - o legado

Os referidos conhecimentos jamais são transmitidos às gerações vindouras por outro canal que não sejam estes congressos, palestras ou formações, uma vez que a vida de campo exige cedo erguer e tarde tomar duche, não tendo os distintos Senhores a oportunidade de publicar a sua magnífica experiencia de campo, nem de partilhar a sua maravilhosa e diversa casuística.
No presente mês estive numa destas datas especiais, a cerca de 360 Km de casa para ter o prazer de ouvir os grandes chefes do saber na área da Clinica dos Grandes Animais!
Fantástico, o americano, Mr. Kevin Something esteve horas a dissertar sobre as urgências e a reanimação cardiorespiratória, recorrendo a vídeos fantásticos de acção e suspense. Nestes vídeos, com uma classificação semelhante aos mais trágicos episódios de “E.R”, os seres reanimados, ao invés de serem loiras ou morenas estonteantes, dotadas de curvas perigosas, eram equídeos de grande porte, fedorentos, babados, ensaguentados e esgazeados.
Fantástico! - Exclama a plateia, melhor só se as imagens fossem de alta definição.
Quando o Kevinzito resolve descansar, e depois de uma Catedrática discursar sobre fisiologia e problemas podais, entra em acção um ex-líbris nortenho da clínica de bovinos.
Eis o que aprendemos sobre as Emergências Clínicas em Bovinos:
- “Normalmente quando chegamos ao local o car*l** da baca está para explodir, e perdemos a filha da p*t*!”.
- “Mesmo que não haja nada a fazer e ela já estiver perto de Jesus, picamo-la sempre.”
- “O antibiótico mais adequado é sem dúvida…escolhido por cada um de vós…”
- “As situações que vos aparecem já vocês sabem quais são!”
- “Se não sabem o que é, necrópsia com a baca e logo ficam a saber quando a gaija estiver aberta!”
- “ A fluidoterapia não tem nada que saber.”
Releio os meus apontamentos e sorrio satisfeita, valeu a pena, sem dúvida, ouvir este ex-líbris, guardo religiosamente os ensinamentos preciosos que me guiarão no meu futuro de prática clínica. A chave de todo o conhecimento sobre o mistério Bovino!
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
A minha droga pessoal
- Mariana, o que faz aquela tira de bolachas na tua secretária que mais parece uma tira de cocaína?
domingo, 6 de dezembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
A Lala é de opinião que ninguém vai parar ao Hospital Dona Maria por beber um Licor de Azeitão.
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Verdadeiros pensamentos das 2h47
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Música ambiente
- Que queres ouvir? Piano ou orquestra?
- Piano!
- Vamos ouvir Yo Yo Ma.
- Yo Yo Ma é sempre bom! Gosto muito!
- Então vamos ouvir ópera.
- Piano!
- Vamos ouvir Yo Yo Ma.
- Yo Yo Ma é sempre bom! Gosto muito!
- Então vamos ouvir ópera.
sábado, 7 de novembro de 2009
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Métodos anticontraceptivos eficazes
Uma amiga veio convidenciar-me o seu mais recente investimento nos métodos anticontraceptivos:
-Estou muito satisfeita!!
-Então?
-Agora quando o meu namorado vai dormir lá casa, ficamos no quarto reservado ao plano de contingência da Gripe A...
-E??
-Duhhhhh! Em ambiente estéril eu não engravido!
-Estou muito satisfeita!!
-Então?
-Agora quando o meu namorado vai dormir lá casa, ficamos no quarto reservado ao plano de contingência da Gripe A...
-E??
-Duhhhhh! Em ambiente estéril eu não engravido!
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
Amor açucarado
Ele para mim:
-Meu algodão doce, meu suspiro, minha pepita de chocolate, meu docinho de côco!
Eu para ele:
-Meu caramelo!
-Meu algodão doce, meu suspiro, minha pepita de chocolate, meu docinho de côco!
Eu para ele:
-Meu caramelo!
sábado, 31 de outubro de 2009
Rastreios
Há cerca de uma semana, exactamente 6 dias, que o danadinho do meu olho esquerdo se encontrava totalmente desassossegado!!!
O sacaninha, todos os dias se mostrava saltitante e anormalmente irrigado (estas características não eram simples devaneios psicológicos meus, eram perceptíveis ao exame físico de palpação e à inspecção).
O vício da profissão induz-me rapidamente a realizar uma urgente lista de diagnósticos diferenciais para hipertensão e stress oculares:
-Diabetes
-Glaucoma
-Cansaço ocular (leitura, computador, televisão…)
A lista poderia ser mais extensa, mas perdeu o interesse a meio, acho que me distraí.
Faço-me acompanhar de uma rapariga “bacana” e circulamos na linha azul do metro de Lisboa. Marquês de Pombal é a estação… Um rapaz loiro salta em direcção a nós e mal lhe consigo ver a cara, carrega múltiplas florezitas de peluche e numa voz esganiçada e de uma simpatia ensaiada pergunta se não queremos ajudar a Associação…
“E a mim quem me ajuda?” penso, rabugenta, o meu dia está a ser longo… A “bacana” olha para mim, se eu não a controlo vê-se obrigada a ajudar todas as associações, mendigos, pedintes e amigos próximos por não saber dizer “Não!”.
Recuso comprar uma florzita, apesar de ser solidária com a dita Associação. Tal acto não é suficiente para conseguirmos seguir o nosso caminho. A Sra. Lúcia Qualquer Apelido (ao que percebo da mesma Associação) pergunta-nos se nos pode fazer um rastreio: Diabetes! “Não custa nada, só uma picadinha no dedo, em troca de uma moedinha para a Associação!”
Diabetes? Olha… se bem me recordo era um dos diagnósticos que me atormentava para justificar o comportamento do meu rebelde olho atleta de ginástica rítmica…Claro que queremos fazer o rastreio! (Ignorei a face pálida e suada da minha companheira “bacana”…mal sabia eu o que me esperava.)
A Sra. Lúcia, solícita, senta-me numa cadeirinha em frente à sua mesa de rastreio improvisada e pega no álcool para desinfectar o meu dedo do qual vai extrair a gota da verdade …
Enquanto a “bacana” agoniza de ansiedade e medo ao meu lado, eu oiço a Lúcia, hipocondríaca com justificação, revelar todas as suas maleitas que, contudo, não a impedem de ajudar o próximo:
“Sabe, jovem, eu sofro muito de hipertensão. Sou diabética, padeço de ansiedade e de stress. O que me incomoda mais, sabe, é a apneia do sono, mas os joanetes é que me dão mais trabalho, fui agora operada a 5ªvez, porque…”
Arregalo os olhos e faço uma expressão de atenção e de pesar…a “bacana” continua lívida mas eu nem dou por isso.
A Lúcia prossegue: “Hoje em dia, há muitos camelos… olhe eu ajudo toda gente, ainda no Natal passado faleceu o Sr. Sousa e não lhe tem faltado nada…claro que também lhe ajudo a mulher e os filhos que ela não tem pernas a pobrezinha!”.
Após todo o ritual de desinfecção e de preparação da máquina que me iria medir a glicemia, a Lúcia pica-me o dedo, de onde brota uma gotinha encarnada…Compasso de espera…a máquina lê o resultado…………….88!!
Não sou diabética, maldito olho que me aterrorizou durante 6 dias, yeahhh! Venha esse bolo recheado de chocolate que eu não sou diabética! Weeeeeeeeeeeeeeeeeeee…..
Lúcia continua a bombardear-nos com a sua experiência de vida: “ Eu sim sou solidária, não sou como as madames que vão ajudar no Banco Alimentar e depois levam tudo para casa, não sobra um pacote de arroz para dar ao Nicolau…eu estou a recolher fundos…e você minha linda tem um pulso de atleta!”
Levanto-me da cadeira ainda a dançar de alegria por não ter diabetes e por me poder ir refastelar num banho de glicose.
A minha companheira “bacana” cai pesadamente na cadeira antes ocupada por mim e a Lúcia luta com ela para lhe agarrar o dedo, desinfecta-lhe o mesmo a custo e pica-a sem piedade. “Nãooooo!” grita a pálida “bacana” e, ao ver jorrar uma mangueirada de sangue do seu dedo, desfalece imediatamente, desmaia e caí no chão sujo do metro do Marquês de Pombal…Ela tem aversão a agulhas e a sangue e ninguém se lembrou…
Toda a equipa do INEM e várias corporações de bombeiros foram forçadas a deslocar-se ao local.
O sacaninha, todos os dias se mostrava saltitante e anormalmente irrigado (estas características não eram simples devaneios psicológicos meus, eram perceptíveis ao exame físico de palpação e à inspecção).
O vício da profissão induz-me rapidamente a realizar uma urgente lista de diagnósticos diferenciais para hipertensão e stress oculares:
-Diabetes
-Glaucoma
-Cansaço ocular (leitura, computador, televisão…)
A lista poderia ser mais extensa, mas perdeu o interesse a meio, acho que me distraí.
Faço-me acompanhar de uma rapariga “bacana” e circulamos na linha azul do metro de Lisboa. Marquês de Pombal é a estação… Um rapaz loiro salta em direcção a nós e mal lhe consigo ver a cara, carrega múltiplas florezitas de peluche e numa voz esganiçada e de uma simpatia ensaiada pergunta se não queremos ajudar a Associação…
“E a mim quem me ajuda?” penso, rabugenta, o meu dia está a ser longo… A “bacana” olha para mim, se eu não a controlo vê-se obrigada a ajudar todas as associações, mendigos, pedintes e amigos próximos por não saber dizer “Não!”.
Recuso comprar uma florzita, apesar de ser solidária com a dita Associação. Tal acto não é suficiente para conseguirmos seguir o nosso caminho. A Sra. Lúcia Qualquer Apelido (ao que percebo da mesma Associação) pergunta-nos se nos pode fazer um rastreio: Diabetes! “Não custa nada, só uma picadinha no dedo, em troca de uma moedinha para a Associação!”
Diabetes? Olha… se bem me recordo era um dos diagnósticos que me atormentava para justificar o comportamento do meu rebelde olho atleta de ginástica rítmica…Claro que queremos fazer o rastreio! (Ignorei a face pálida e suada da minha companheira “bacana”…mal sabia eu o que me esperava.)
A Sra. Lúcia, solícita, senta-me numa cadeirinha em frente à sua mesa de rastreio improvisada e pega no álcool para desinfectar o meu dedo do qual vai extrair a gota da verdade …
Enquanto a “bacana” agoniza de ansiedade e medo ao meu lado, eu oiço a Lúcia, hipocondríaca com justificação, revelar todas as suas maleitas que, contudo, não a impedem de ajudar o próximo:
“Sabe, jovem, eu sofro muito de hipertensão. Sou diabética, padeço de ansiedade e de stress. O que me incomoda mais, sabe, é a apneia do sono, mas os joanetes é que me dão mais trabalho, fui agora operada a 5ªvez, porque…”
Arregalo os olhos e faço uma expressão de atenção e de pesar…a “bacana” continua lívida mas eu nem dou por isso.
A Lúcia prossegue: “Hoje em dia, há muitos camelos… olhe eu ajudo toda gente, ainda no Natal passado faleceu o Sr. Sousa e não lhe tem faltado nada…claro que também lhe ajudo a mulher e os filhos que ela não tem pernas a pobrezinha!”.

Após todo o ritual de desinfecção e de preparação da máquina que me iria medir a glicemia, a Lúcia pica-me o dedo, de onde brota uma gotinha encarnada…Compasso de espera…a máquina lê o resultado…………….88!!
Não sou diabética, maldito olho que me aterrorizou durante 6 dias, yeahhh! Venha esse bolo recheado de chocolate que eu não sou diabética! Weeeeeeeeeeeeeeeeeeee…..
Lúcia continua a bombardear-nos com a sua experiência de vida: “ Eu sim sou solidária, não sou como as madames que vão ajudar no Banco Alimentar e depois levam tudo para casa, não sobra um pacote de arroz para dar ao Nicolau…eu estou a recolher fundos…e você minha linda tem um pulso de atleta!”
Levanto-me da cadeira ainda a dançar de alegria por não ter diabetes e por me poder ir refastelar num banho de glicose.
A minha companheira “bacana” cai pesadamente na cadeira antes ocupada por mim e a Lúcia luta com ela para lhe agarrar o dedo, desinfecta-lhe o mesmo a custo e pica-a sem piedade. “Nãooooo!” grita a pálida “bacana” e, ao ver jorrar uma mangueirada de sangue do seu dedo, desfalece imediatamente, desmaia e caí no chão sujo do metro do Marquês de Pombal…Ela tem aversão a agulhas e a sangue e ninguém se lembrou…
Toda a equipa do INEM e várias corporações de bombeiros foram forçadas a deslocar-se ao local.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Aventuras depilatórias

No outro dia (há 3 semanas atrás) recebi uma sms de uma celebridade. Dizia ipsis verbis o seguinte: “…vou contar-te uma história para te rires um bocado. Estava eu a fazer a depilação com a maquineta, eis senão quando a dita apanha-me uma madeixa de cabelo! Em dois segundos fiquei com a máquina encravada a 3 centímetros da cabeça…ao tentar tirar a máquina, os cabelos partiram-se…felizmente não tenho um pitonísio como daquela vez que queimei o cabelo…”
Agarrei-me imediatamente ao órgão gástrico e soltei gargalhadas histéricas ao imaginar tal celebridade em tamanho sarilho. Mas, imediatamente um forte sentimento de solidariedade assolou o meu ser, afinal, também eu, uma década antes tinha sido vítima da mortífera e implacável máquina depiladora.
Posso, com firmeza dizer que nunca me senti muito fascinada, nem tão pouco convencida com tal utensílio de uso feminino. Por muito eficaz que fosse a maquineta incrivelmente publicitada, a verdade é que o seu uso se assemelhava a sofrer várias descargas eléctricas (uma por cada folículo piloso) por toda a superfície a depilar. Qualquer semelhança com as mulheres sorridentes e felizes dos anúncios televisivos era pura utupia e as dores sofridas pela minha pessoa eram comparáveis a ter urólitos em viagem descendente na uretra.
No entanto, num dos dias em que me senti invadida por uma coragem hercúlea e decidi usar o objecto do demónio, também eu fui vítima e também eu fiquei com a besta pendurada no metro e meio de cabelo que carregava comigo na época. Muito pior do que quando queimei os pêlos do nariz a cheirar uma vela de limão. E nunca mais toquei na maquineta, jaz solitária na sua caixa, coberta por um papel onde estão desenhadas algumas letras vermelhas: “Não tocar, perigo de penteado excêntrico”…
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