domingo, 23 de novembro de 2008

Sonho de uma noite de invasão

Ontem, já a noite ia avançada, estava na cozinha a cortar cenouras para dar aos meus animaizinhos de estimação. Animaizinhos mesmo. Porque são miniaturas de gente, com mau feitio e apetite devorador.


De repente, ouvi vidro a partir-se nas escadas de emergência, nas traseiras do prédio. Ladrões! Bandidos! Drogados! Jovens delinquentes! Esquadrão de elite!

Armei-me com o rolo da massa na mão esquerda e a faca de trinchar na direita e espreitei pela janela da marquise.

Era o objecto do meu amor platónico, que tinha acabado de partir o vidro da porta que permite uma comunicação pouco segura entre a sua cozinha e as escadas de serviço. Estava com um ar admirado e confuso e colocou a cabeça pelo buraco recentemente criado, só para ter a certeza que estava mesmo partido.

É tão desajeitado. Temos tantas coisas em comum.

2 comentários:

Anónimo disse...

Que buraquinho sexy.... lololololoolol

Anónimo disse...

Esses animaizinhos têm um ar suspeito, realmente...tenho a certeza de que já vi a cara deles na lista dos mais procurados pela PJ, por prática continuada de crime desorganizado e assaltos à pata armada a gaiolas na área da Grande Lisboa...

Ai a faca de trinchar em riste!! Hm, onde vi eu este filme anteriormente... Ah, sim, um dia conto-te a história sobre o ser aviltante que tentou assaltar-me a casa! Pena não me ter lembrado do rolo da massa para juntar à faca, bolas...

Ai, o desajeito...esse cupido dos tempos modernos! Qualquer relação com futuro, começa de forma desajeitada! :D

Ah, e tens de informar o teu amor platónico que, metendo a cabeça em buracos com arestas salientes e afiadas, é melhor não se exaltar demasiado, ou ainda se arrisca a perder a cabeça!! :P